Cosmovisão
Modo pelo qual a pessoa vê ou interpreta a realidade. A palavra alemã é Weltanschau-ung, que significa um "mundo e uma visão de vida", ou "um paradigma”. É a estrutura por meio da qual a pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino.
Há sete visões principais de mundo. Cada uma é singular. Com uma exceção, PANTEÍSMO/POLITEÍSMO, ninguém pode acreditar coerentemente em mais de uma cosmovisão, porque as premissas centrais são mutuamente exclusivas É claro que apenas uma cosmovisão pode ser verdadeira. As sete cosmovisões principais são: teísmo, deísmo, ateísmo, panteísmo, panenteísmo, teísmo finito e politeísmo.
1 - Analisando As Visões
Teísmo - Um Deus infinito e pessoal existe além do e no universo. O teísmo diz que o universo físico não é tudo que existe. Há um Deus infinito e pessoal além do universo que o criou, que o sustenta e que age nele de forma sobrenatural. Está transcendentalmente "em algum lugar distante" e imanentemente "aqui". É a visão representada pelo judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo.
Deísmo - Deus está além do universo, mas não nele. O deísmo é o teísmo sem milagres. Diz que Deus é transcendente sobre o universo mas não imanente nele, por certo não sobrenaturalmente. Defende uma visão naturalista da operação do mundo. Junto com o teísmo, acredita que o originador do mundo é um Criador. Deus fez o mundo, mas não age nele. Ele “deu corda na criação e a deixa funcionar sozinha”. Ao contrário do panteísmo, que nega a transcendência de Deus, favorecendo a sua imanência, o deísmo nega a imanência de Deus, favorecendo sua transcendência. François-Marie VOLTAIRE, Thomas JEFFERSON e Thomas PAINE foram deístas.
Ateísmo - Não existe nenhum Deus além do ou no universo. O ateísmo afirma que o universo físico é tudo que existe. Não existe nenhum Deus em lugar algum, nem no universo nem além dele. O universo ou cosmos é tudo que existe e tudo que jamais existirá. Tudo é matéria. O universo é auto-suficiente. Alguns dos ateus mais famosos foram Karl MARX, Friedrich NIETZSCHE e Jean-Paul SARTRE.
Panteísmo - Deus é o Todo/Universo. Para o panteísta, não há Criador transcendente além do universo. O Criador e a criação são duas maneiras de denotar uma realidade. Deus é o universo ou Todo, e o universo é Deus. Há, em última análise, uma realidade, não muitas diferentes. Tudo é mente. O panteísmo é representado por certas formas de hinduísmo. ZEN-BUDISMO e Ciência Cristã.
Panenteísmo - Deus está no universo, como a mente está no corpo. O universo é o "corpo" de Deus; É seu pólo real. Mas há outro "pólo" de Deus além do universo físico. Ele tem potencial infinito de se transformar. Essa visão é representada por Alfred North WHITEHEAD, Charles HARTSHORNE e Shubert Ogden.
Teísmo Finito - Existe um Deus finito além do e no universo. O teísmo finito é como o teísmo, só que o deus além do universo e ativo nele é limitado em natureza e poder. Como os deístas, os teístas finitos geralmente aceitam a criação, mas negam a intervenção milagrosa. Muitas vezes a incapacidade de Deus de derrotar o mal é dada como razão para crer que Deus é limitado em poder. John Stuart MILL, William JAMES e Peter Bertocci defendem essa cosmovisão.
Politeísmo - Muitos deuses existem além do mundo e nele. O politeísmo é a crença em muitos deuses finitos, que influenciam o mundo. Seus defensores negam que qualquer Deus infinito esteja além do mundo. Afirmam que os deuses são ativos, geralmente acreditando que cada um tem seu próprio domínio. Quando um deus finito é considerado chefe sobre os outros, a religião é chamada de honoteísmo. Os principais representantes do Politeísmo incluem os gregos antigos, os mórmons e os neopagãos (ex.: adeptos da wicca).
2 - Importância de Uma Cosmovisão
Cosmovisões influenciam o significado pessoal e os valores, a maneira em que as pessoas agem e pensam. A pergunta mais importante a que uma cosmovisão responde, é: "De onde viemos?". A resposta a essa pergunta é crucial para o modo pelo qual as outras perguntas são respondidas. O teísmo declara que Deus nos criou. A criação foi do nada, ex nihilo. O ateísmo acredita que evoluímos por acaso. O ateísmo defende a criação a partir da matéria, ex materia. O panteísmo afirma que emanamos de Deus como raios do sol ou fagulhas do fogo. A criação é a partir do próprio Deus, ex Deo. Os outros usam alguma forma dessas explicações, com ligeiras diferenças.
Essa idéia influenciaria a visão sobre a morte, por exemplo. O teísta acredita na imortalidade pessoal; o ateu geralmente não. Para o teísta, a morte é o começo, para o ateu, um término da existência. Para o panteísta, a morte é o fim de uma vida e o começo de outra, levando uma eventual união com Deus.
Os teístas acreditam que foram criados por Deus com o propósito de ter comunhão eternamente com ele e adorá-lo. Os panteístas acreditam que perderemos toda identidade individual em Deus. Os ateus geralmente vêem a IMORTALIDADE como a continuação da espécie. Vivemos nas memórias (por certo tempo) e na influência que temos sobre as gerações futuras.
Obviamente, o que a pessoa acredita sobre o futuro influenciará como ela vive agora. No teísmo clássico, “só vivemos na terra uma vez” (cf. Hb 9:27), portanto a vida assume uma certa sobriedade e urgência que não teria para alguém que acredita em reencarnação. A urgência é em lidar com o carma para a próxima vida ser melhor. Mas sempre há mais oportunidades nas vidas futuras de tentar novamente. Para o ateu, o velho comercial de cerveja resume tudo: Temos de “viver pra valer, porque só vivemos uma vez”.
Um ato virtuoso recebe significados deferentes das diversas visões de mundo. O teísta vê um ato de compaixão como obrigação absoluta imposta por Deus, que tem valor intrínseco independentemente das conseqüências. O ateu vê a virtude como obrigação auto-imposta que a raça humana colocou sobre seus membros. Um ato não tem valor intrínseco além do que lhe foi designado pela sociedade.
Também há um abismo entre cosmovisões com relação à natureza dos valores. Para o teísta, Deus dotou certas coisas, a vida humana por exemplo, com valor supremo. É sagrada porque Deus a fez à sua imagem. Assim, há obrigações divinas de respeitar a vida e proibições absolutas contra o assassinato. Para o ateu, a vida tem o valor que lhe foi atribuído pela raça humana e suas diversas sociedades. É relativamente valiosa, comparada com outras coisas. Geralmente o ateu acredita que um ato é bom se traz bons resultados e mau se não traz. O cristão acredita que certos atos são bons, não importa quais sejam os resultados.
Enfim, a realidade é ou apenas o universo, ou apenas Deus, ou o universo e Deus(es). Se só existe o universo, o ateísmo está correto. Se só Deus existe, o panteísmo está correto. Se Deus e o universo existem, então ou há um Deus ou muitos deuses. Se há muitos deuses, o politeísmo está correto. Se há apenas um Deus, esse Deus é ou finito ou infinito. Se há um deus finito, o teísmo finito está correto. Se esse deus finito tem dois pólos (um além do e um no mundo), o panenteísmo está correto. Se há um Deus infinito, ou há intervenção desse Deus no universo ou não há. Se há intervenção, o teísmo é verdadeiro, e se não há o deísmo é verdadeiro.
Há sete visões principais de mundo. Cada uma é singular. Com uma exceção, PANTEÍSMO/POLITEÍSMO, ninguém pode acreditar coerentemente em mais de uma cosmovisão, porque as premissas centrais são mutuamente exclusivas É claro que apenas uma cosmovisão pode ser verdadeira. As sete cosmovisões principais são: teísmo, deísmo, ateísmo, panteísmo, panenteísmo, teísmo finito e politeísmo.
1 - Analisando As Visões
Teísmo - Um Deus infinito e pessoal existe além do e no universo. O teísmo diz que o universo físico não é tudo que existe. Há um Deus infinito e pessoal além do universo que o criou, que o sustenta e que age nele de forma sobrenatural. Está transcendentalmente "em algum lugar distante" e imanentemente "aqui". É a visão representada pelo judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo.
Deísmo - Deus está além do universo, mas não nele. O deísmo é o teísmo sem milagres. Diz que Deus é transcendente sobre o universo mas não imanente nele, por certo não sobrenaturalmente. Defende uma visão naturalista da operação do mundo. Junto com o teísmo, acredita que o originador do mundo é um Criador. Deus fez o mundo, mas não age nele. Ele “deu corda na criação e a deixa funcionar sozinha”. Ao contrário do panteísmo, que nega a transcendência de Deus, favorecendo a sua imanência, o deísmo nega a imanência de Deus, favorecendo sua transcendência. François-Marie VOLTAIRE, Thomas JEFFERSON e Thomas PAINE foram deístas.
Ateísmo - Não existe nenhum Deus além do ou no universo. O ateísmo afirma que o universo físico é tudo que existe. Não existe nenhum Deus em lugar algum, nem no universo nem além dele. O universo ou cosmos é tudo que existe e tudo que jamais existirá. Tudo é matéria. O universo é auto-suficiente. Alguns dos ateus mais famosos foram Karl MARX, Friedrich NIETZSCHE e Jean-Paul SARTRE.
Panteísmo - Deus é o Todo/Universo. Para o panteísta, não há Criador transcendente além do universo. O Criador e a criação são duas maneiras de denotar uma realidade. Deus é o universo ou Todo, e o universo é Deus. Há, em última análise, uma realidade, não muitas diferentes. Tudo é mente. O panteísmo é representado por certas formas de hinduísmo. ZEN-BUDISMO e Ciência Cristã.
Panenteísmo - Deus está no universo, como a mente está no corpo. O universo é o "corpo" de Deus; É seu pólo real. Mas há outro "pólo" de Deus além do universo físico. Ele tem potencial infinito de se transformar. Essa visão é representada por Alfred North WHITEHEAD, Charles HARTSHORNE e Shubert Ogden.
Teísmo Finito - Existe um Deus finito além do e no universo. O teísmo finito é como o teísmo, só que o deus além do universo e ativo nele é limitado em natureza e poder. Como os deístas, os teístas finitos geralmente aceitam a criação, mas negam a intervenção milagrosa. Muitas vezes a incapacidade de Deus de derrotar o mal é dada como razão para crer que Deus é limitado em poder. John Stuart MILL, William JAMES e Peter Bertocci defendem essa cosmovisão.
Politeísmo - Muitos deuses existem além do mundo e nele. O politeísmo é a crença em muitos deuses finitos, que influenciam o mundo. Seus defensores negam que qualquer Deus infinito esteja além do mundo. Afirmam que os deuses são ativos, geralmente acreditando que cada um tem seu próprio domínio. Quando um deus finito é considerado chefe sobre os outros, a religião é chamada de honoteísmo. Os principais representantes do Politeísmo incluem os gregos antigos, os mórmons e os neopagãos (ex.: adeptos da wicca).
2 - Importância de Uma Cosmovisão
Cosmovisões influenciam o significado pessoal e os valores, a maneira em que as pessoas agem e pensam. A pergunta mais importante a que uma cosmovisão responde, é: "De onde viemos?". A resposta a essa pergunta é crucial para o modo pelo qual as outras perguntas são respondidas. O teísmo declara que Deus nos criou. A criação foi do nada, ex nihilo. O ateísmo acredita que evoluímos por acaso. O ateísmo defende a criação a partir da matéria, ex materia. O panteísmo afirma que emanamos de Deus como raios do sol ou fagulhas do fogo. A criação é a partir do próprio Deus, ex Deo. Os outros usam alguma forma dessas explicações, com ligeiras diferenças.
Essa idéia influenciaria a visão sobre a morte, por exemplo. O teísta acredita na imortalidade pessoal; o ateu geralmente não. Para o teísta, a morte é o começo, para o ateu, um término da existência. Para o panteísta, a morte é o fim de uma vida e o começo de outra, levando uma eventual união com Deus.
Os teístas acreditam que foram criados por Deus com o propósito de ter comunhão eternamente com ele e adorá-lo. Os panteístas acreditam que perderemos toda identidade individual em Deus. Os ateus geralmente vêem a IMORTALIDADE como a continuação da espécie. Vivemos nas memórias (por certo tempo) e na influência que temos sobre as gerações futuras.
Obviamente, o que a pessoa acredita sobre o futuro influenciará como ela vive agora. No teísmo clássico, “só vivemos na terra uma vez” (cf. Hb 9:27), portanto a vida assume uma certa sobriedade e urgência que não teria para alguém que acredita em reencarnação. A urgência é em lidar com o carma para a próxima vida ser melhor. Mas sempre há mais oportunidades nas vidas futuras de tentar novamente. Para o ateu, o velho comercial de cerveja resume tudo: Temos de “viver pra valer, porque só vivemos uma vez”.
Um ato virtuoso recebe significados deferentes das diversas visões de mundo. O teísta vê um ato de compaixão como obrigação absoluta imposta por Deus, que tem valor intrínseco independentemente das conseqüências. O ateu vê a virtude como obrigação auto-imposta que a raça humana colocou sobre seus membros. Um ato não tem valor intrínseco além do que lhe foi designado pela sociedade.
Também há um abismo entre cosmovisões com relação à natureza dos valores. Para o teísta, Deus dotou certas coisas, a vida humana por exemplo, com valor supremo. É sagrada porque Deus a fez à sua imagem. Assim, há obrigações divinas de respeitar a vida e proibições absolutas contra o assassinato. Para o ateu, a vida tem o valor que lhe foi atribuído pela raça humana e suas diversas sociedades. É relativamente valiosa, comparada com outras coisas. Geralmente o ateu acredita que um ato é bom se traz bons resultados e mau se não traz. O cristão acredita que certos atos são bons, não importa quais sejam os resultados.
Enfim, a realidade é ou apenas o universo, ou apenas Deus, ou o universo e Deus(es). Se só existe o universo, o ateísmo está correto. Se só Deus existe, o panteísmo está correto. Se Deus e o universo existem, então ou há um Deus ou muitos deuses. Se há muitos deuses, o politeísmo está correto. Se há apenas um Deus, esse Deus é ou finito ou infinito. Se há um deus finito, o teísmo finito está correto. Se esse deus finito tem dois pólos (um além do e um no mundo), o panenteísmo está correto. Se há um Deus infinito, ou há intervenção desse Deus no universo ou não há. Se há intervenção, o teísmo é verdadeiro, e se não há o deísmo é verdadeiro.
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